Como saber se tenho Doença Renal Crônica?
Segundos dados estatísticos provenientes dos Estados Unidos, um em cada sete pacientes apresenta o diagnóstico de Doença Renal Crônica (DRC). Surpreendentemente, nove em cada dez indivíduos permanecem alheios à sua condição. Essa realidade encontra sua explicação na natureza pouco sintomática da DRC, que se manifesta de forma discreta em seus estágios iniciais, caracterizando-se como uma doença silenciosa.
Essa característica, por sua vez, a falta de sintomas nas fases iniciais da doença, aliada à ausência de exames nefrológicos de rotina, compromete a detecção precoce e, consequentemente, a implementação de tratamentos que poderiam reduzir a progressão da doença renal. Nesse contexto, à medida que o tempo avança, a DRC não diagnosticada continua a desenvolver-se silenciosamente até que, finalmente, os sintomas aparecem. No entanto, esse estágio onde os sintomas aparecem, já pode indicar uma evolução da doença para patamares mais avançados, dificultando consideravelmente o controle, o tratamento e o prognóstico.
Portanto, torna-se imperativo que mesmo pacientes assintomáticos submetam-se a avaliações renais regulares para aferição da função dos rins. Essa avaliação renal compreende a análise de três fatores principais:
- Histórico clínico do paciente: busca identificar fatores de risco para a doença renal, como hipertensão arterial, diabetes mellitus, uso de medicamentos nefrotóxicos, além da avaliação de histórico familiar de DRC, malformações urinárias, infecções prévias, entre outros;
- Exame físico: tem como objetivo a identificação de alterações que possam corroborar com um diagnóstico;
- Exames complementares: incluem a realização de exames de sangue e urina, exames de imagem (ultrassonografia ou tomografia computadorizada), além de exames específicos conforme a indicação clínica.
Dessa maneira, ao realizar essa avaliação completa, o nefrologista poderá determinar se o paciente é portador ou não de doença renal. Em caso de diagnóstico de DRC, será avaliado o início do tratamento precoce, envolvendo orientações sobre modificações no estilo de vida, bem como a avaliação do uso de medicamentos que possam retardar a progressão da doença renal.
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