É muito comum ouvir este tipo de questionamento, dúvida, no consultório do nefrologista: “Doutor, qual remédio que eu posso tomar para baixar minha creatinina?” ou “Doutor, a minha função renal vai voltar ao normal?”
Essas perguntas são importantes e merecem uma explicação detalhada, uma vez que todos esperam receber um tratamento efetivo para sua doença, não importa essa qual seja.
Primeiro ponto que precisamos estabelecer é: Uma vez realizado o diagnóstico de doença renal crônica com alteração no funcionamento dos rins (insuficiência renal) por mais de 3 meses, não há, até o momento, um tratamento que podemos considerar curativo, ou seja, que faça com que a função renal volte ao nível de normalidade. Mas isso não significa que a doença renal crônica não possa ser “estabilizada” para que haja uma redução mais lenta da função renal. Isto é, a doença renal é sim progressiva, e com o passar dos anos a função renal tende a piorar gradativamente. Mas existem sim, maneiras de controlar e evitar uma rápida progressão da doença renal. Essas medidas envolvem desde medidas não farmacológicas como mudanças no estilo de vida, dieta, perda de peso, até medidas onde algumas medicações podem ser empregadas.
Sobre as medidas não farmacológicas, fiz um outro artigo explicando as principais condutas que podemos adotar (segue o link: https://drfilipekruger.com.br/doencarenalcronicatratamento/).
Já sobre as medidas farmacológicas é importante ressaltar que esse artigo não tem por objetivo estimular a automedicação ou dar dicas de como fazê-lo. Mas sim, orientar ao paciente que existem sim algumas medicações que podem impactar de maneira positiva na manutenção da função renal.
Até os anos 80, não existiam medicações para retardar a progressão da doença renal. Logo, todo paciente que era portador de doença renal crônica, teria um rápido declínio da função renal, via de regra. Todavia nos anos 90, os primeiros estudos começaram a sair com duas classes de anti-hipertensivos que reduziam a progressão da doença renal. Isso, sem dúvidas, revolucionou a nefrologia e novos horizontes começaram a surgir. No entanto, nos anos 2000 ficamos estagnados sem muitas novidades de como tratar a doença renal e retardar essa progressão da doença renal. Até que a partir de 2015 novos estudos com uma classe de antidiabéticos orais entrou em cena e mais uma vez novas esperanças surgiram para os pacientes. O fato é que nesse momento, já possuímos diversas estratégias para retardar a progressão da doença renal.
Essas estratégias quando aplicadas precocemente pode impactar positivamente para esse perfil de paciente renal.
Por isso, procurar um bom nefrologista é fundamental, pois o uso correto e bem indicado de algumas medicações podem preservar por mais tempo a taxa de filtração glomerular, ou seja, a função renal.
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Uma resposta
Minha creatinina está em 1.87, sinto que tenho momentos de confusão mental e esquecimento. Isso pode ser proveniente da doença? Sou classificado como deficiente renal crônico? O que fazer?